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Quando os britânicos decidiram desenvolver doutrinas atualizadas para a utilização de carros de combate [1], decidiram que haveria dois tipos básicos de carro de combate.
O primeiro era um tanque pequeno, com armamento ligeiro, que se destinava a acompanhar a infantaria que avançava a pé. O Matilda Mk.I pretendia responder a essa especificação britânica, mas a própria doutrina britânica era absurda para a época. A viatura era relativamente pequena e tinha apenas um homem na torre que era ao mesmo tempo o comandante e o operador da arma. A torre estava armada com apenas uma metralhadora do tipo Maxim, refrigerada a água. Os militares britânicos, que esperavam que o Matilda fosse muito mais barato, ficaram perplexos quando lhes apresentaram uma viatura muito cara e relativamente pesada, que apenas possuía uma metralhadora. Isto acontecia enquanto ao mesmo tempo na guerra civil de Espanha, até as auto-metralhadoras soviéticas estavam armadas com canhões de 45mm. A blindagem era o ponto forte do Matilda, pois atingia os 60mm, isto aumentava o peso e reduzia a velocidade, que não ultrapassava a de um homem a pé. A pouca utilidada da viatura tornou-se óbvia ainda antes de as entregas começarem. Ainda assim, à falta de melhor opção os britânicos colocaram encomendas em Abril de 1937, com as primeiras unidades entregues em 1938. Estima-se que 140 exemplares foram produzidos e a maioria deles foi enviada para França em 1940, onde se perderam quase todos em combate. [1] - Os britânicos tinham desenvolvido carros de combate relativamente modernos desde 1924. O Vickers Medium Tank serviu mesmo de referência para alguns projetos internacionais. No entanto os militares não tinham uma ideia clara sobre a utilização de carros de combate na guerra moderna.
Tanque Cruzador
O conceito de «Tanque Cruzador» é o resultado das análises feitas pelos militares britânicos após o fim da Primeira Guerra Mundial às necessidades futuras das forças blindadas britânicas. O tanque cruzador deveria ser rápido, permitindo penetrar as linhas inimigas de forma eficiente, cortando as suas linhas de abastecimento e impossibilitando o seu movimento. Ele deveria também ter capacidade para atacar outros veículos blindados, embora esta exigência entrasse em contradição com a relativamente reduzida blindagem que o tanque cruzador tinha que ter, para poder ser mais rápido. O conceito demonstrou não ter grande solidez, porque rapidamente os militares britânicos começaram a solicitar tanques cruzadores poderosamente blindados, como posteriormente também solicitaram tanques de infantaria rápidos. Tanque de Infantaria e Tanque Cruzador, acabaram por resultar num só veículo no final da guerra, o tanque «Comet». São exemplos de tanques classificados como Cruzadores: A-13 «Cruiser» A-15 «Crusader» Tanques Cruzadores Pesados: A-27 «Cromwell» A-34 «Comet» Tanque de Infantaria O conceito de «tanque de infantaria» é o resultado das análises feitas pelos militares britânicos após o fim da Primeira Guerra Mundial às necessidades futuras das forças blindadas. O tanque de infantaria era um dos dois tipos de blindados que nos anos 20 e 30 os britânicos previam utilizar (o outro era o tanque cruzador) nas guerras futuras. A função do tanque de infantaria era a de apoiar a progressão das forças que avançavam a pé. Como o objectivo era o de acompanhar tropas de infantaria, a sua velocidade máxima não precisava ser elevada. Este tipo de veículo deveria por exemplo ser utilizado contra fortificações que impedissem a progressão da infantaria. O primeiro destes veículos foi o Matilda-I, uma espécie de «Tanquette» poderosamente blindado, armado apenas com uma metralhadora. O veículo não provou, e foi rapidamente substituído por outro mais poderoso como o Matilda-II e posteriormente pelo Churchill. O conceito demonstrou não ter grande solidez, porque rapidamente os militares britânicos começaram a solicitar tanques de infantaria rápidos, como posteriormente também solicitaram tanques cruzadores poderosamente blindados. Tanque de Infantaria e Tanque Cruzador, acabaram por resultar num só veículo no final da guerra, o tanque «Comet». Já os tanques de infantaria pesados acabaram por ser utilizados como veículos de apoio, como foi o caso do Churchill. |
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