A11 Matilda Mk.I Carro de combate leve (Vickers) Pequeno, mas ligeiro!

A11 Matilda Mk.I
Carro de combate leve (Vickers)
Fabricante: Vickers - Reino Unido
Tripulação: 2
Comprimento: 4.85 - Largura: 2.28M - Altura: 1.86M
Peso vazio: 10500Kg. - Peso preparado para combate: 11161Kg.
Motor/potência/capacidades
Sistema de tracção:Lagartas
Motor: Ford 8V Potência: 70 cv
Velocidade máxima: : 13 Km/h - Velocidade em terreno irregular: 0 Km/h
Tanque de combustível: N/disponívelAutonomia máxima: 0Km
N/disponivel
2.13M
0.63M

BlindagemMobilidade5
Sis. combate2Com/electr.6
Potência de fogo contra:
Blindados3Construções7
Pessoal3Aeronaves7

Armamento básico
- 1 x 7.7mm Vickers MG (1932) (Calibre: 77mm - Alcance estimado de 0.74Km a 4.1Km)
Sistema de radar auxiliar:

Quando os britânicos decidiram desenvolver doutrinas atualizadas para a utilização de carros de combate [1], decidiram que haveria dois tipos básicos de carro de combate.

O primeiro era um tanque pequeno, com armamento ligeiro, que se destinava a acompanhar a infantaria que avançava a pé.
O Matilda Mk.I pretendia responder a essa especificação britânica, mas a própria doutrina britânica era absurda para a época.

A viatura era relativamente pequena e tinha apenas um homem na torre que era ao mesmo tempo o comandante e o operador da arma. A torre estava armada com apenas uma metralhadora do tipo Maxim, refrigerada a água.
Os militares britânicos, que esperavam que o Matilda fosse muito mais barato, ficaram perplexos quando lhes apresentaram uma viatura muito cara e relativamente pesada, que apenas possuía uma metralhadora. Isto acontecia enquanto ao mesmo tempo na guerra civil de Espanha, até as auto-metralhadoras soviéticas estavam armadas com canhões de 45mm.

A blindagem era o ponto forte do Matilda, pois atingia os 60mm, isto aumentava o peso e reduzia a velocidade, que não ultrapassava a de um homem a pé.

A pouca utilidada da viatura tornou-se óbvia ainda antes de as entregas começarem.

Ainda assim, à falta de melhor opção os britânicos colocaram encomendas em Abril de 1937, com as primeiras unidades entregues em 1938.

Estima-se que 140 exemplares foram produzidos e a maioria deles foi enviada para França em 1940, onde se perderam quase todos em combate.

[1] - Os britânicos tinham desenvolvido carros de combate relativamente modernos desde 1924. O Vickers Medium Tank serviu mesmo de referência para alguns projetos internacionais. No entanto os militares não tinham uma ideia clara sobre a utilização de carros de combate na guerra moderna.

Informação genérica:
Embora normalmente se reconheça apenas um tanque pesado britânico conhecido como Matilda, na realidade o mais conhecido Matilda é o Matilda-II.

O primeiro dos carros de combate Matilda, era um «tanque de infantaria» lento, com apenas dois tripulantes e armado com uma simples metralhadora.
O veículo tinha uma velocidade máxima de 12.8km/h e um peso de 11.160kg.

Destinava-se a apoiar as unidades de infantaria e a atacar alvos mais protegidos, mas mesmo quando ainda estava em desenvolvimento, foi decidido que não fazia grande sentido investir dinheiro num tanque que não podia andar mais depressa que um soldado a pé, e ainda por cima armado apenas com uma metralhadora de calibre 7.62mm.

Foram produzidas 140 unidades do Matilda-I mas o modelo foi abandonado em favor do modelo seguinte, muito mais pesadamente blindado e armado com o canhão de 40mm (2 libras) que estava em uso no exército britânico no final dos anos 30.


Tanque Cruzador
O conceito de «Tanque Cruzador» é o resultado das análises feitas pelos militares britânicos após o fim da Primeira Guerra Mundial às necessidades futuras das forças blindadas britânicas.

O tanque cruzador deveria ser rápido, permitindo penetrar as linhas inimigas de forma eficiente, cortando as suas linhas de abastecimento e impossibilitando o seu movimento. Ele deveria também ter capacidade para atacar outros veículos blindados, embora esta exigência entrasse em contradição com a relativamente reduzida blindagem que o tanque cruzador tinha que ter, para poder ser mais rápido.

O conceito demonstrou não ter grande solidez, porque rapidamente os militares britânicos começaram a solicitar tanques cruzadores poderosamente blindados, como posteriormente também solicitaram tanques de infantaria rápidos. Tanque de Infantaria e Tanque Cruzador, acabaram por resultar num só veículo no final da guerra, o tanque «Comet».

São exemplos de tanques classificados como Cruzadores:
A-13 «Cruiser»
A-15 «Crusader»

Tanques Cruzadores Pesados:
A-27 «Cromwell»
A-34 «Comet»

Tanque de Infantaria
O conceito de «tanque de infantaria» é o resultado das análises feitas pelos militares britânicos após o fim da Primeira Guerra Mundial às necessidades futuras das forças blindadas.
O tanque de infantaria era um dos dois tipos de blindados que nos anos 20 e 30 os britânicos previam utilizar (o outro era o tanque cruzador) nas guerras futuras.

A função do tanque de infantaria era a de apoiar a progressão das forças que avançavam a pé. Como o objectivo era o de acompanhar tropas de infantaria, a sua velocidade máxima não precisava ser elevada.
Este tipo de veículo deveria por exemplo ser utilizado contra fortificações que impedissem a progressão da infantaria.

O primeiro destes veículos foi o Matilda-I, uma espécie de «Tanquette» poderosamente blindado, armado apenas com uma metralhadora. O veículo não provou, e foi rapidamente substituído por outro mais poderoso como o Matilda-II e posteriormente pelo Churchill.

O conceito demonstrou não ter grande solidez, porque rapidamente os militares britânicos começaram a solicitar tanques de infantaria rápidos, como posteriormente também solicitaram tanques cruzadores poderosamente blindados. Tanque de Infantaria e Tanque Cruzador, acabaram por resultar num só veículo no final da guerra, o tanque «Comet». Já os tanques de infantaria pesados acabaram por ser utilizados como veículos de apoio, como foi o caso do Churchill.

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