Descrição:
O MiG-23 foi um dos aviões de maior sucesso na antiga União Soviética e foi exportado para vários países.
Ele era bastante mais moderno que o MiG-21 na sua função de interceptor, e a sua capacidade multifunção era também importante para operações de apoio a forças no terreno.
De entre as várias series do MiG-23 destacam-se as seguintes:
Mig-23MS – Flogger-A - A primeira série de produção do caça MiG-23, que foram entregues à «aviação frontal» da União Soviética entre 1969 e 1970. Apenas sessenta foram entregues e estavam sub-armados por causa de dificuldades com a entrega de alguns dos sistemas de armas previstos. Quando sistemas como o novo radar Sapfir-23 ficaram disponíveis, então passaram a ser incorporadas, o que resultou numa sub-série conhecida como MiG-23SM que foi lançada em 1971. No entanto, mesmo com o novo radar, continuaram a existir problemas com o MiG-23 e com a fiabilidade dos sistemas instalados. (aeronaves conhecidas como Flogger-A no ocidente)
MiG-23M – Flogger-B - Esta versão corrigiu muitas das falhas de inicio de produção da versão anterior e tinha desenvolvimentos e melhoramentos adicionais. Foi lançado em 1972. Foi o primeiro avião da União Soviética a ter capacidade para atacar alvos a baixa altitude, que se podiam confundir com o solo. Esta possibilidade era possível com a incorporação do radar Sapfir-23D, uma versão melhorada do Sapfir-23 instalado nos MiG-23 anteriores. (aeronaves conhecidas como Flogger-B no ocidente)
MiG-23MF Para os países do pacto de Varsóvia, foi desenhada uma versão de exportação que pretendeu resolver os problemas de fiabilidade dos MiG-23MS que tinham sido vendidos para os aliados da URSS. Eram aeronaves idênticas em termos de sofisticação. Este modelo foi também vendido para países fora do pacto de Varóvia, mas nesse caso foi-lhes removido o sistema de intecomunicação de dados «datalink», que não tinha qualquer utilidade, além do sistema IFF, que permite identificar se uma aeronave é amiga ou inimiga.
MiG-23U - Versão de dois lugares, normalmente utilizada para treinamento. Uma série deste tipo, conhecida como MiG-23UB tinha um motor mais antigo e menos potente, o que tornava o avião mais barato, uma vez que para a função de treino não era requerido um equipamento de topo de gama. (aeronaves conhecidas como Flogger-C no ocidente)
MiG-23MS - A versão MS, foi concebida essencialmente para exportação para países do chamado terceiro mundo. Os soviéticos consideravam que nesses países não havia técnicos e estruturas militares adequadas para suportar uma aeronave mais sofisticada como os MiG-23M (em uso na URSS) ou mesmo MiG-23MF (países do pacto de Varsóvia). Caracterizava-se por não ter radares mais sofisticados e por isso não tinha capacidade para disparar mísseis que pudessem atingir alvos para lá do alcance visual. Só dispunha de mísseis de curto alcance como o RS-3/AA-2 e R-60/AA-8. Uma versão conhecida como MiG-23MP mais adequada para ataque ao solo foi desenvolvida mas nunca chegou a ser vendida. (aeronaves conhecidas como Flogger-E no ocidente)
MiG-23P - Como a URSS também tinha que substituir uma grande quantidade de aeronaves pouco sofisticadas da sua aviação de segunda linha, ou de intercepção, que ainda utilizava MiG-19 e MiG-19 e Su-11, foi decidido estudar uma versão do MiG-23 adaptada para a função de interceptor puro. Essa aeronave seria o MiG-23P, que incorporava um piloto automático e um sistema de controlo de voo que permitia uma ligação directa com os radares terrestres. Era o próprio controlo de terra dirigia o avião contra o alvo. Os 500 MiG-23P produzidos constituíram a principal força de caças interceptores da União Soviética até ao desmembramento do país no inicio dos anos 90.
MiG-23ML / MLA - Este modelo, é importante na medida em que sofreu um redesenho estrutural, que teve como objectivo ultrapassar os problemas surgidos com os modelos anteriores, quando tinham que enfrentar inimigos em combate directo «dogfight». Notou-se que os MiG-23 mais antigos apresentavam rachaduras que comprometiam a integridade da aeronave. Por isso o MiG-23ML era reforçado em muitos pontos e agilizado noutros. O avião ficou assim mais leve, mas bastante mais robusto com uma fuselagem revista e mais eficiente. Equipado com o radar N-003 (Saphir23ML, com até 65km de alcance) ele também tinha melhor alcance de radar que o seu antecessor. O MiG-23ML, foi substituido pelo MiG-23MLA em 1977, com sistemas electrónicos mais avançados, permitindo. A utilização dos mísseis R-24R e R-24T. (aeronaves conhecidas como Flogger-G no ocidente)
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MiG-23MLD: O mais sofisticado dos MiG-23 e base para programas de modernização de modelos MiG-23 mais antigos |
MiG-23MLD A última versão desenvolvida do MiG-23 que esteve ao serviço na antiga União Soviética. É uma versão equipada com o radar Sapfir-23MLA-2, sistema de visão nocturna, sistema de alerta-de-radar e além de mísseis de curto alcance podia utilizar mísseis de médio e longo alcance como os Vympel-R73.
Embora fosse o mais sofisticado dos MiG-23, nenhum destes modelos foi fabricado.
A força aérea soviética decidiu ao invés, reconverter 560 MiG-23 de modelos anteriores (MiG-23ML) para o padrão MiG-23MLD. Esta foi uma opção económica, porque não foi considerado necessária a produção de novas aeronaves do tipo, especialmente quando o MiG-29 já tinha sido lançado e inevitavelmente substituiria o MiG-23 a médio e longo prazo. (aeronaves conhecidas como Flogger-K no ocidente)
No entanto, a modernização de modelos mais antigos para a versão MiG-23MLD continua a ser possível e a modernização já foi proposta a vários utilizadores de versões mais antigas da aeronave.
O MiG-23 em combate
O MiG-23 esteve presente em vários conflitos. Ele foi utilizado pelos iraquianos na guerra Irão-Iraque, mas embora tenha obtido sucessos contra os F-5 e alegadamente tenha conseguido abater um F-4 Phantom, ele não tinha hipoteses contra os F-14 «Tomcat» iranianos, mesmo sem estes terem assistência por parte do fabricante.
Alegadamente, a manobrabilidade dos MiG-23 era o seu ponto mais negativo.
Em 1989,dois F-14 norte-americanos enfrentaram dois MiG-23 Libios e destruiram-nos sem qualquer problema.
Durante a guerra do golfo em 1991, a maioria dos MiG-23 abatidos foi destruida no chão.
Informação genérica:
O MiG-23 foi o caça deveria substituir o MiG-21 na aviação da União Soviética.
O seu desenvolvimento começou em 1963, quando já tinha começado a produção em série do MiG-21 e os responsáveis soviéticos decidiram começar a estudar o seu substituto, que deveria ter melhores performances e capacidade para operar a partir de pistas mais curtas.
Isto daria à aviação soviética a capacidade para colocar os seus caças num maior numero de bases, dispersando assim as aeronaves e tornando a sua destruição completa mais dificil para um potêncial atacante.
Os soviéticos ainda consideraram a possibilidade de desenvolver um avião do tipo STOL (Short Take Off and Landing) com motores que dessem um impulso vertical adicional, mas o projecto não teve seguimento.
A outra ideia soviética, era de uma aeronave com asa de geometria variável que poderia permitir tanto velocidades de ponta muito altas, com as asas em flecha, como velocidades mais baixas com as asas mais abertas.
O primeiro prótotipo do que viria a ser o MiG-23 voou pela primeira vez em 10 de Junho de 1967. O avião era muito versátil e acabou por ser fabricado em várias versões com diferentes funções, tanto de interceptor como de caça-bombardeiro.
Posteriormente foi desenvolvida uma versão adequada para ataque ao solo. Essa versão ficaria conhecida como MiG-27.
Canhões / Metralhadoras
- 1 x 23mm GSh-23 (Calibre: 23 )
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