JEEP M-38A1 Viatura táctica Ligeira Willys / Brasil

JEEP M-38A1 Viatura táctica Ligeira Willys / Brasil


No Brasil A Willys-Overland fabricou o jipe M-38A1, ou CJ-5 (versão civil) a partir de 1954. A produção do veículo passou para a Ford, entre 1968 e 1970 quando esta última comprou a Willys.
O exército brasileiro efetuou várias encomendas deste tipo de viatura e o encerramento da produção em 1983 levou a que um fabricante brasileiro de veículos militares desenhasse um substituto (ver jipe Engesa-4 / Agrale Marruá).

A versão brasileira do jipe M-38A1, ou CJ-5 para o mercado civil
Lançado em 1954, o modelo M-38A1 distingue-se do modelo anterior principalmente pelas modificações estéticas ao nível da tampa do motor arredondada e pelos farois de dimensões mais generosas. O modelo M-38A1, acabará por influênciar as características estéticas do Jeep tradicional até aos dias de hoje.

Embora não tenha sido adoptado e portando adquirido em grandes quantiades pelo exército dos Estados Unidos, este modelo acabou sendo utilizado por várias forças militares.

Entre os países utilizadores encontrou-se o Brasil, onde o modelo foi fabricado pela Ford do Brasil desde 1954, altura em que a Willys se instalou no Brasil para produzir inicialmente o CJ-5 e posteriormente o CJ-6 (versão longa) até 1983, altura em que a produção foi terminada.


Informação genérica:
O JEEP, é nos dias de hoje uma expressão que designa normalmente uma viatura todo o terreno, com algum tipo de parecença com o modelo que se tornou familiar durante a II guerra mundial

A designação genérica de JEEP, teria resultado das das iniciais «GP» que foi interpretada como significando «General Purpose», um veículo para utilizações gerais e que podia ser utilizado para uma grande variedade de tarefas As iniciais «Gee + pee» acabaram por se juntar numa palavra que se tornou sinónimo de veículo todo o terreno.

No entanto, o exército dos Estados Unidos nunca utilizou a expressão para designar viaturas.
Considera-se que GP foram letras reservadas aos primeiros modelos de produção da Ford, que representaram menos de um por cento do total de Jeeps produzidos.

Embora o termo Jeep seja utilizado de forma genérica, apenas alguns veículos podem de facto ser apresentados ou como Jeeps ou como seus descendentes directos ou directamente associados.

O primeiro modelo foi o protótipo da Bantam que depois seria seguido por dois protótipos, um da Willys e outro da Ford. As duas empresas tinham recebido os planos da Bantam. Na imagem seguinte, os protótipos apresentados:

Depois de apresentados os protótipos, seguiram-se novos aprimoramentos e cada um dos três concorrentes recebeu uma encomenda para 1500 exemplares. Várias modificações foram introduzidas. O modelo da Willys por exemplo ficou mais de 100kg mais leve Na imagem seguinte os três modelos que foram produzidos.
Depois da produção de 1500 exemplares para cada fabricante, a Willys e a Ford receberam encomendas para os seus modelos, nomeadamente por razões de preço, tendo o modelo da Bantam sido afastado.

Só em 1942 é lançado o MB, a versão standard durante todo o resto da II guerra mundial.
O motor será o do Willys, mas a Ford vai contribuir com a grelha frontal com nove orificios verticais e com os farois protegidos.
Depois da guerra o modelo será conhecido como M38 e continuará em produção até 1952.

Nesse ano, é apresentado o M38A1, uma versão modificada com para choques e mesmo grelha frontal alterada.

Em 1960 aparece o substituto do JEEP com o MUTT, que é extremamente parecido, embora com modificações destinadas a garantir uma melhor estabilidade, entre as quais um centro de gravidade mais baixo.

A Willys lançou entretanto uma série de veículos conhecidos como CJ (civilian Jeep) conhecida como C-5 e que se distingue pela tampa do motor arredondada. Este modelo entrou ao serviço em forças armadas de vários países.

A versão original M-38 do jipe Willys foi copiada em vários países que adoptaram o conceito.

Em vários países foram desenvolvidos veículos que obedeciam ao mesmo conceito e que de alguma maneira tentaram copiar o Jeep e o conceito de uma viatura para todos os tipo de trabalho, que além de utilização militar poderia ter utilização civil.

Em vários países foram desenvolvidos veículos que seguiram este conceito e que de uma forma ou de outra podem ser considerados cópias do Jeep.

De entre elas destacam-se as seguintes:

Land Rover (Rover / Leyland)
Família de viaturas inicialmente inspiradas no Jeep que se transformou numa referência do todo o terreno

Austin Champ e Jipsy
Resposta da Austin britânica que concorreu com o Land Rover, também se inspirou no Jeep americano

GAZ / UAZ / Beijing
A União Soviética e posteriormente a China, também se inspiraram no Jeep para desenvolver uma viatura alternativa.

A União Soviética, que utilizou milhares de Jeep e produziu ainda durante a guerra um seu sucedâneo, desenvolveu posteriormente várias viaturas que obedeciam ao mesmo conceito, como os GAZ / UAZ e BJ-12 na China.

Cournil
Na França também se desenvolveram viaturas com o mesmo objetivo, embora com menos sucesso. O mais emblemático foi o Cournil, que posteriormente seria produzido em Portugal como UMM.

ARO/Portaro
Desenvolvido na Romenia com base no GAZ-69, o modelo ARO foi vendido em vários países do mundo e fabricado em países como Portugal ou Brasil.

Toyota Land Cruiser
No Japão durante a década de 1950 a Toyota lançou uma viatura claramente inspirada no Jeep que também se transformou num clássico. Este modelo no entanto derivo na década de 1980 para um grande todo o terreno de luxo.

Comentários