Tendo voado pela primeira vez em 19 de Agosto de 1972, o EMB-110 foi o avião que assegurou o nascimento e o posterior sucesso comercial da empresa EMBRAER.
Como aeronave comercial adaptada a rotas curtas e pensada para aeroportos com pouca infraestrutura, o Bandeirante foi adquirido por organismos governamentais brasileiros, mas também por empresas de aviação comercial privadas como a VASP e a Transbrasil.
A aeronave transformou-se no primeiro sucesso comercial da aviação brasileira, com vendas do modelo para 36 diferentes países e para 80 diferentes operadores.
A série P1, é a mais significativa de todas, pois mais de metade de todos os Bandeirante produzidos foram nesta versão. Ela é ligeiramente maior que a versão inicial, que apenas permitia transportar 15/19 passageiros e tem a possibilidade de ser convertida para aeronave de carga.
As versões derivadas como o EMB-111 de patrulha são baseadas no EMB-110 p1.
Informação genérica:
EMB-110O Emb-110 «Bandeirante» pode-se considerar o embrião do que seria a empresa aeronáutica Embraer. Ele foi projetado pelo CTA (Centro Técnico Aeroespacial) em S. José dos Campos (São Paulo) em 1965, para corresponder a uma especificação do então Ministério da Aeronáutica.
A especificação brasileira, pedia uma aeronave bimotor turboelice, capaz de desempenhar missões de transporte de passageiros e de carga.
Foram apresentados três protótipos, e a própria empresa Embraer, nasceu da decisão governamental de fabricar em série a aeronave, em Agosto de 1969 a empresa foi criada por decreto governamental e iniciou a sua atividade em 2 de Janeiro de 1970.
O sucesso do EMB-110 não foi no entanto o único responsável pelo sucesso da Enbraer, pois por exemplo em 1983, a empresa já tinha entregue 2.291 aviões ligeiros, desde aeronaves agrícolas até pequenas aeronaves de transporte (até 12 lugares) derivadas de modelos da norte-americana Piper montados no Brasil.
O primeiro voo do EMB-110 ocorreu em 1972 e a versão militar da aeronave foi conhecida como C-95. A versão civil começou a ser vendida para o mercado doméstico brasileiro e também para exportação. As encomendas da FAB e de entidades do poder público como a FUNAI (Fundação Nacional do Índio) a SUDECO (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste), ou a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), também contribuíram para ajudar a garantir o sucesso da aeronave da EMBRAER.
Já em 1975, havia planos para prosseguir o sucesso do EMB-110. Inicialmente previa-se «esticar» o avião, para permitir passar dos 19 (depois 21) passageiros para até 25 e essa versão da aeronave deveria ser conhecida como EMB-120 «Araguaia». Já uma versão menor, mas mais larga seria utilizada como aeronave executiva, designada como EMB-121 «Xingu», havendo planos para introduzir a aeronave no mercado norte-americano.
Mas no final dos anos 70 e inicio dos anos 80 a crise nos Estados Unidos fez descarrilar os planos da Embraer para a internacionalização, ao mesmo tempo que se concluiu que o projeto do EMB-120 «Araguaia» era demasiado pequeno e que ele não seria mais que o EMB-110 com cabine pressurizada.
Nasce o EMB-120
Perante um aparente fim-de-linha para o modelo 110, a Embraer tratou de desenvolver um novo avião, utilizando como base os ensinamentos obtidos com os estudos para uma cabine pressurizada.
Deu-se assim inicio a um processo ainda mais ambicioso, o da criação de uma aeronave maior que o «Bandeirante» com cabine pressurizada e que pudesse responder às exigências dos mercados de exportação. Ela já não vai ter o nome inicialmente previsto para o modelo 110 «esticado» e por isso será conhecido como Embraer EMB-120 «Brasília».
Em vez de um limite de 25 passageiros, ele terá capacidade para 30 passageiros e uma velocidade máxima de 555km/h.
A aeronave encontrará um largo mercado nos Estados Unidos como «commuter», aeronave de ligação entre pequenos aeroportos e aeroportos onde se efetuam voos intercontinentais ou mesmo voos domésticos de média duração.
Os planos da Embraer para aumentar a capacidade do EMB-120 para permitir atingir os 39 lugares, foram cancelados. Por um lado um período de crise afetou a industria aeronáutica brasileira no final dos anos 80 e inicio dos anos 90, por outro lado esse atraso permitiu à Embraer dar um salto muito maior que permitiu à empresa atingir o mercado dos jatos regionais de passageiros. Dessa decisão resultará o EMB-145.
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