Embraer ERJ-145 AEW&C Aeronave de Vigilância Aérea Antecipada


Embraer ERJ-145 AEW&C Aeronave de Vigilância Aérea Antecipada
Embraer ERJ-145 AEW&C Aeronave de Vigilância Aérea Antecipada
Embraer ERJ-145 AEW&C Aeronave de Vigilância Aérea Antecipada descrição



O Embraer ERJ-145, é um avião a jacto, regional, produzido pelo fabricante brasileiro EMBRAER. Este jacto regional, que por sua vez é baseado no Embraer-120 Brasilia, é um sucesso de vendas a nível internacional, e a EMBRAER, cedo começou a considerar a possibilidade de lhe dar utilizações militares.

O Embraer 145 na sua versão AEW&C; (Airborne Early Warning and Control), começou com um contrato assinado em 1997, entre a Embraer e o governo do Brasil, com o objectivo de desenhar um avião que dispusesse de um sistema de radar, que permitisse, a sua integração com o sistema de vigilância da Amazónia, SIVAM. O radar escolhido, foi o PS-890 Erieye de fabricação Sueca. foram encomendados 5 aviões com estas características, juntamente com uma outra versão a 145RS de observação terrestre, que é objecto de ficha separada.

O 145-AEW&C; é basicamente idêntico à versão civil, mas tem algumas alterações, como por exemplo um APU (Unidade Auxiliar de Potência) mais potente, e tanques de combustivel adicionais, de forma a permitir uma maior autonomia do aparelho, o que é essencial para as missões que desempenha.

Este tipo de aeronave, pode desempenhar várias missões, desde o patrulhamento do espaço aéreo, ao controlo de trafego aéreo. O sistema está conectado através de ligação de dados digital a estações em terra, que utilizam e tratam os dados fornecidos pelo radar ou a outras aeronaves. O EMB-145, pode igualmente ser equipado com meios para funcionar como posto de comando e controlo, podendo ser utilizado como multiplicador de forças, em conjunto com aeronaves militares de ataque da Força Aérea.

Radares

- Ericsson PS-890 Erieye - Radar Aéreo de Vigilância Antecipada (Alcance médio: 286Km)

Informação genérica:

O EMB-145, é um dos aviões comerciais de transporte com mais sucesso no mercado mundial. Ele teve uma gestação longa e passou por várias fazes até ao seu lançamento.

Exteriormente ele é muito parecido com o Embraer-120 Brasilia, um avião propulsionado por dois motores a hélice, que também teve um considerável sucesso comercial. Durante vários anos, a Embraer tentou desenvolver uma versão alongada do Embraer 120, conhecida como CBA-123, mas o projecto sofreu atrasos e acabou sendo cancelado.

Foi o boom no mercado americano da aviação comercial, que deu o empuxo final ao EMB-145, agora redesenhado e equipado com dois turbopropulsores.

As regras impostas pelos sindicatos de pilotos nos Estados Unidos destinavam-se a impedir que pequenas empresas regionais operassem aeronaves de maior porte (impedia-se assim que empresas que normalmente pagavam salários mais baixos se desenvolvessem).

A regra proibia a essas empresas a operação de aeronaves para mais de 50 passageiros, o que as limitava a aeronaves com motor a helice bastante mais lentas que os aviões a jacto.

O problema foi ultrapassado, com a encomenda por parte das transportadoras regionais americanas de grandes quantidades de jactos regionais com até 50 assentos.

O ERJ-145 estava a ser desenvolvido exactamente nesta altura e a EMBRAER aproveitou da melhor forma esta necessidade, apresentando uma aeronave que correspondia exactamente ao que o mercado norte-americano pedia na altura.

Recentemente, as regras que restingiam a operação de aeronaves até 50 assentos foram modificadas e a necessidade deste tipo de aeronave desapareceu.
Como resultado o mercado norte-americano para este tipo de aeronave foi muito reduzido, sendo a tendência agora mais favoravel a jactos entre 70 e 100 passageiros.

Na Europa porém, ainda existem rotas de baixa densidade em que este tipo de aeronave tem futuro, mas o grande numero de aeronaves que foram retiradas de serviço nos Estados Unidos secou as linhas de montagem, o que levará provavelmente ao fim de linha para o ERJ-145 como aeronave comercial.

O ERJ-145, tem vindo a ser substituido pela familia do E-170 / E-195, um avião maior e com mais capacidade, que tem uma versão capaz de transportar mais de 100 passageiros.
O grande numero de jactos que ficou disponível no mercado americano, deverá no entanto continuar a alimentar o mercado, onde a operação destas aeronaves continuar a fazer sentido, como nas rotas de médio curso e baixa densidade entre cidades da Europa.

A plataforma foi aproveitado para utilização militar, como aeronave de vigilância aérea antecipada, aeronave de pesquisa de terreno e mesmo aeronave de patrulhamento marítimo.

ERJ-135 / ERJ-140 / Legacy


A EMBRAER lançou uma versão encurtada do modelo 145, preparada para transportar 37 passageiros. O ERJ-145 é virtualmente idêntico ao ERJ-135, sendo apenas 3,5m mais curto.

Uma versão intermédia foi lançada como ERJ-140, para 44 passageiros.

A versão encurtada do ERJ-145, facilitou o desenvolvimento da linha de jactos executivos Legacy, com a qual a EMBRAER entrou no mercado de aeronaves executivas, concorrendo directamente com os jactos Citation ou Learjet.

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