Boeing B707-120 Aeronave comercial Longo Alcance
O Boeing 707-120 foi o primeiro jato comercial de transporte com capacidade para atravessar o Atlântico sem escalas.
A sua configuração, com quatro motores suspensos e asas em ângulo, viria a influenciar o desenho de aeronaves deste tipo em todo o mundo.
As aeronaves comerciais da Boeing utilizam um tipo de designação que atribui uma referência a cada configuração de cliente. Por esta razão, os primeiros Boeing 707 de produção foram designados B707-120 e foi acrescentado um número para cada cliente diferente. Por esta razão os modelos para o cliente inicial de lançamento (Pan American) foram designados B707-121 e os exemplares entregues à American Airlines foram designados B707-123. Este tipo de sistema de designação continuou a ser utilizado pela Boeing em diversos outros modelos.
O primeiro cliente para este modelo de avião foi a Panam, mas outras empresas americanas também o adquiriram, como a Continental, a TWA e a American Airlines que com uma compra de 25 exemplares foi o maior cliente do tipo.
Uma versão derivada do 707-120 foi anunciada pela Boeing em Julho de 1957. Tratava-se de uma versão para rotas curtas, a qual foi designada Boeing 707-020. Trata-se de uma versão encurtada do 707-120 com apenas 41.25m de comprimento.
Com menor alcance e menor capacidade de transporte o Boeing 720 não fui um grande sucesso embora 154 exemplares tenham sido produzidos. Rapidamente, a introdução do mais pequeno Boeing 727, com apenas três motores e portanto mais económico, levou a que fosse substituido nas rotas de médio curso.
Informação genérica:
O Boeing 707, foi o primeiro avião de passageiros intercontinental a jacto produzido em grande quantidade e revolucionou - quando foi introduzido - o transporte aéreo internacional. O modelo foi concebido por várias razões. Por um lado a Boeing tinha lançado com sucesso o bombardeiro B-47 de seis motores a jato. Por outro a Grã Bretanha tinha tornado público o lançamento em 1949 do que viria a ser o primeiro jato comercial da historia o De Havilland «Comet».
O desenvolvimento do B707, começou de forma semi-secreta, com um projeto que ficou conhecido como Boeing 367-80. Esta designação dava a entender que se tratava de um projeto com algum tipo de ligação com o mais antigo modelo C-97, um quadrimotor com capacidade transatlântica.
Em 22 de Abril de 1952, uma semana após o primeiro voo do bombardeiro B-52 a Boeing decidiu seguir em frente investindo 16 milhões de dolares no projeto.
O protótipo foi mostrado pela primeira vez em 15 de Maio de 1954 e só então se tornou claro que o B367-80 era uma aeronave completamente nova. O desenvolvimento não foi isento de problemas durante o ano de 1954.
Em 1 de Setembro desse ano, a Boeing conseguiu a primeira encomenda para 29 exemplares do avião, embora fosse uma encomenda para uma aeronave de transporte de combustível. Mesmo assim, o dinheiro recebido da Força Aérea deu novo alento à Boeing que até ali não tinha conseguido atrair interessados no avião.
Durante mais de um ano, a Boeing enviou vendedores a todos os potênciais clientes em todo o mundo tentando vender a ideia de uma avião de passageiros a jato, mas encontrou grandes resistências por parte dos potênciais clientes, já que se tratava de uma mudança radical para qualquer companhia aérea.
Então, a 13 de Outubro de 1955 a companhia PAN-AMERICAN, colocou uma encomenda para 20 Boeing B707 (e também para 25 Douglas DC-8).
A compra do avião pela PANAM, levou a que a concorrência rapidamente colocasse encomendas para não ficar atrás.
Foi o que aconteceu com a American Airlines que no mês seguinte encomendou trinta B707. Várias companhias apressaram-se a fazer encomendas para garantir entregas antes da concorrência. Além das companhias americanas, companhias da Alemanha, França, Bélgica, India e Austrália colocaram encomendas. Em 26 de Outubro de 1958, as encomendas atingiam já 184 exemplares.
Além de ser utilizado como aeronave de transporte de passageiros civil, o Boeing 707 foi igualmente adaptado para várias utilizações militares, para lá da versão de transporte de combustível. Várias dezenas de aeronaves foram adquiridas para transporte de carga.
Foram produzidas versões para transporte VIP, tendo um Boeing-707 sido escolhido para aeronave presidencial norte-americana. A bordo de um B707, o presidente Lyndon Johnson tornou-se o 36º presidente dos Estados Unidos após o assassinato do presidente Kennedy.
Mais tarde, o Boeing-707 serviu de plataforma para aviões radar do tipo AWACS e para aeronaves de vigilância do campo de batalha. Israel adaptou-lhe também radares que resultaram no B-707 Phalcon, que foi vendido para O Chile.
Podemos distingir as seguintes variantes do Boeing B-707.
Boeing B707-120
Produção inicial, ligeiramente maior que o protótipo 367-80 com motores JT3C desenvolvendo cerca de 5625kg/f de potência e uma autonomia de 6500km.
Boeing B707-220
Idêntico em tamanho ao B707-120, o 220 está equipado com motores JT4A mais potentes desenvolvendo cerca de 7110kg/f cada um. Apenas cinco exemplares foram produzidos.
Boeing B707-320
A versão intercontinental do B707, foi concebida desde o inicio embora tenha entrado ao serviço um pouco mais tarde.
É de longe a mais produzida de todas as versões do B707. Utiliza os mesmos motores JT4A do
Tem maiores dimensões, transportando mais combustível, o que lhe dá capacidade para efetuar voos mais longos de até 9,400km.
Boeing B707-420
Versão intercontinental exactamente igual à «320» mas equipada com motores Rolls Royce Conway 508, desenvolvendo aproximadamente 7900kg/f de potência. Apenas 37 exemplares foram produzidos.
Boeing B720 / B707-020
Estas duas designações são relativas ao mesmo avião. Trata-se de uma versão para voos curtos e de média duração desenvolvida a partir do B707-120. Este modelo é externamente idêntico ao B707-120 mas é na realidade outro modelo. Ele é 2,44m mais curto que o Boeing 707-120, sendo por isso a versão menos longa de todas.
Ainda existem presentemente aeronaves Boeing-707 em serviço, embora o seu numero tenda a reduzir-se.
O Boeing 707 deverá ser substituido como aeronave de reabastecimento da Força Aérea dos Estados Unidos. Um dos principais concorrentes é o avião europeu Airbus A-330, embora até 2013 a situação continue em aberto com o Boeing B767 aparecendo como concorrente de peso.
O Boeing 707-120 foi o primeiro jato comercial de transporte com capacidade para atravessar o Atlântico sem escalas.
A sua configuração, com quatro motores suspensos e asas em ângulo, viria a influenciar o desenho de aeronaves deste tipo em todo o mundo.
As aeronaves comerciais da Boeing utilizam um tipo de designação que atribui uma referência a cada configuração de cliente. Por esta razão, os primeiros Boeing 707 de produção foram designados B707-120 e foi acrescentado um número para cada cliente diferente. Por esta razão os modelos para o cliente inicial de lançamento (Pan American) foram designados B707-121 e os exemplares entregues à American Airlines foram designados B707-123. Este tipo de sistema de designação continuou a ser utilizado pela Boeing em diversos outros modelos.
O primeiro cliente para este modelo de avião foi a Panam, mas outras empresas americanas também o adquiriram, como a Continental, a TWA e a American Airlines que com uma compra de 25 exemplares foi o maior cliente do tipo.
Uma versão derivada do 707-120 foi anunciada pela Boeing em Julho de 1957. Tratava-se de uma versão para rotas curtas, a qual foi designada Boeing 707-020. Trata-se de uma versão encurtada do 707-120 com apenas 41.25m de comprimento.
Com menor alcance e menor capacidade de transporte o Boeing 720 não fui um grande sucesso embora 154 exemplares tenham sido produzidos. Rapidamente, a introdução do mais pequeno Boeing 727, com apenas três motores e portanto mais económico, levou a que fosse substituido nas rotas de médio curso.
Informação genérica:
O Boeing 707, foi o primeiro avião de passageiros intercontinental a jacto produzido em grande quantidade e revolucionou - quando foi introduzido - o transporte aéreo internacional. O modelo foi concebido por várias razões. Por um lado a Boeing tinha lançado com sucesso o bombardeiro B-47 de seis motores a jato. Por outro a Grã Bretanha tinha tornado público o lançamento em 1949 do que viria a ser o primeiro jato comercial da historia o De Havilland «Comet».
O desenvolvimento do B707, começou de forma semi-secreta, com um projeto que ficou conhecido como Boeing 367-80. Esta designação dava a entender que se tratava de um projeto com algum tipo de ligação com o mais antigo modelo C-97, um quadrimotor com capacidade transatlântica.
Em 22 de Abril de 1952, uma semana após o primeiro voo do bombardeiro B-52 a Boeing decidiu seguir em frente investindo 16 milhões de dolares no projeto.
O protótipo foi mostrado pela primeira vez em 15 de Maio de 1954 e só então se tornou claro que o B367-80 era uma aeronave completamente nova. O desenvolvimento não foi isento de problemas durante o ano de 1954.
Em 1 de Setembro desse ano, a Boeing conseguiu a primeira encomenda para 29 exemplares do avião, embora fosse uma encomenda para uma aeronave de transporte de combustível. Mesmo assim, o dinheiro recebido da Força Aérea deu novo alento à Boeing que até ali não tinha conseguido atrair interessados no avião.
Durante mais de um ano, a Boeing enviou vendedores a todos os potênciais clientes em todo o mundo tentando vender a ideia de uma avião de passageiros a jato, mas encontrou grandes resistências por parte dos potênciais clientes, já que se tratava de uma mudança radical para qualquer companhia aérea.
Então, a 13 de Outubro de 1955 a companhia PAN-AMERICAN, colocou uma encomenda para 20 Boeing B707 (e também para 25 Douglas DC-8).
A compra do avião pela PANAM, levou a que a concorrência rapidamente colocasse encomendas para não ficar atrás.
Foi o que aconteceu com a American Airlines que no mês seguinte encomendou trinta B707. Várias companhias apressaram-se a fazer encomendas para garantir entregas antes da concorrência. Além das companhias americanas, companhias da Alemanha, França, Bélgica, India e Austrália colocaram encomendas. Em 26 de Outubro de 1958, as encomendas atingiam já 184 exemplares.
Além de ser utilizado como aeronave de transporte de passageiros civil, o Boeing 707 foi igualmente adaptado para várias utilizações militares, para lá da versão de transporte de combustível. Várias dezenas de aeronaves foram adquiridas para transporte de carga.
Foram produzidas versões para transporte VIP, tendo um Boeing-707 sido escolhido para aeronave presidencial norte-americana. A bordo de um B707, o presidente Lyndon Johnson tornou-se o 36º presidente dos Estados Unidos após o assassinato do presidente Kennedy.
Mais tarde, o Boeing-707 serviu de plataforma para aviões radar do tipo AWACS e para aeronaves de vigilância do campo de batalha. Israel adaptou-lhe também radares que resultaram no B-707 Phalcon, que foi vendido para O Chile.
Podemos distingir as seguintes variantes do Boeing B-707.
Boeing B707-120
Produção inicial, ligeiramente maior que o protótipo 367-80 com motores JT3C desenvolvendo cerca de 5625kg/f de potência e uma autonomia de 6500km.
Boeing B707-220
Idêntico em tamanho ao B707-120, o 220 está equipado com motores JT4A mais potentes desenvolvendo cerca de 7110kg/f cada um. Apenas cinco exemplares foram produzidos.
Boeing B707-320
A versão intercontinental do B707, foi concebida desde o inicio embora tenha entrado ao serviço um pouco mais tarde.
É de longe a mais produzida de todas as versões do B707. Utiliza os mesmos motores JT4A do
Tem maiores dimensões, transportando mais combustível, o que lhe dá capacidade para efetuar voos mais longos de até 9,400km.
Boeing B707-420
Versão intercontinental exactamente igual à «320» mas equipada com motores Rolls Royce Conway 508, desenvolvendo aproximadamente 7900kg/f de potência. Apenas 37 exemplares foram produzidos.
Boeing B720 / B707-020
Estas duas designações são relativas ao mesmo avião. Trata-se de uma versão para voos curtos e de média duração desenvolvida a partir do B707-120. Este modelo é externamente idêntico ao B707-120 mas é na realidade outro modelo. Ele é 2,44m mais curto que o Boeing 707-120, sendo por isso a versão menos longa de todas.
Ainda existem presentemente aeronaves Boeing-707 em serviço, embora o seu numero tenda a reduzir-se.
O Boeing 707 deverá ser substituido como aeronave de reabastecimento da Força Aérea dos Estados Unidos. Um dos principais concorrentes é o avião europeu Airbus A-330, embora até 2013 a situação continue em aberto com o Boeing B767 aparecendo como concorrente de peso.
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