Descrição:
Designação Local:BM-21
Qtd: Máx:60 - Qtd. em serviço:40
Situação: Em serviço
Nas forças armadas angolanas, os sistemas BM-21 estão montados em camiões URAL-375D, embora, possam ser montados em chassis diferentes, como o camião ZIL-131, mais moderno e mais potente, e que também se encontra ao serviço em Angola, como camião de transporte.
Os primeiros BM-21 chegaram a Angola, logo em 1975, sendo provavelmente provenientes de Cuba, depois de a União Soviética ter autorizado e subsidiado a intervenção Cubana em Angola.
Foram utilizados, nas fases iniciais dos combates contra as forças da FNLA e do Zaire, que não dispunham de armas pesadas, sendo por isso determinantes na vitória sobre essas forças. A sul, também foram utilizados contra forças com o apoio da Africa do Sul.
Os BM-21 continuaram ao serviço em Angola, em unidades das Forças Armadas Angolanas, depois da retirada apressada das forças Cubanas, aquando do inicio do colapso da União Soviética e do corte do apoio político e economico daquele país a Cuba.
Com o fim da guerra em Angola, este armamento não tem neste momento grande utilidade. Nenhum potêncial inimigo de Angola, dispõe de forças em quantidade para justificarem, do ponto de vista táctico, uma resposta com este tipo de arma. No entanto, a sua letalidade e grande poder de fogo, continuarão a dar-lhe um papel importante na capacidade ofensiva das F.A.'s angolanas.
Os sistemas mais antigos foram envelhecendo e tornaram-se inoperacionais. Angola adquiriu um lote de 24 unidades à Bielorússia em 1997-1998, e estes são presentemente o núcleo da força.
O BM-21 é um descendente directo do Katiusha, e foi desenhado nos anos 60 para ser o principal sistema de artilharia a foguete dos países do Pacto de Varsóvia. A designação «Grad» quer dizer «granizo» em russo, ou chuva de gelo.
O BM-21 é uma arma "cega" pouco precisa, que é destinada a cumprir a função de "preparação de artilharia" conforme os manuais soviéticos de guerra convencional, ou então para regiões "abertas" com poucas possibilidades de abrigo. O seu alcance máximo é de 20.380 metros, e as versões mais recentes podem atingir cerca de 30.000 metros.
A explosão produz uma grande difusão de estilhaços de pequenas dimensões, e um consideravel efeito de sopro. Portanto, não é eficiente contra tropas blindadas, mas pode ser muito eficiente contra concentrações de pessoal, militar ou civil.
O controlo de tiro, é feito através de um telescópio panorâmico.
A plataforma é rebaixada, por meio de um motor eléctrico, de forma a permitir a fácil introdução dos foguetes nos alvéolos.
Informação genérica:
O sistema geralmente conhecido como Katiusha, ou «pequena Catarina» foi desenvolvido a partir de 1933, embora só em 1938 tenha recebido autorização para finalizar o projecto, depois de os sovieticos terem tido conhecimento do desenvolvimento do Nebewerfer por parte dos alemães. O Katyusha era constituido por 8 calhas de lançamento para 14 foguetes de 132mm. O sistema era montado num camião comercial ZIS-5 e posteriormente ZIS-6 de fabrico local quando se verificou que o modelo anterior não era suficientemente estável.Depois da entrada dos Estados Unidos na guerra, milhares de veículos da Studebaker foram utilizados como base para os Katyusha.
Naturalmente a União Soviética, foi o primeiro país a utilizar os lançadores multiplos de foguetes, durante a segunda guerra mundial. A sua primeira utilização operacional, ocorreu em Smolensk, em 1941, durante a investida alemã contra a União Soviética. A este sistema, a URSS deu o nome de Katiusha, ao qual os soldados soviéticos deram o nome de "orgãos de Estaline".
O sistema evoluiu ao longo da guerra e posteriormente, com a adição de novos modelos derivados, mantendo no entando a mesma filosofia de utilização.
Ainda durante a guerra foi introduzido o BM-8 de curto alcance e o M-30 de longo alcance.
O BM-21, o mais conhecido sistema de foguetes de artilharia foi o desenvolvimento seguinte, com a colocação de um total de 40 tubos de lançamento numa plataforma rotativa, em cima de um camião do tipo URAL.
No inicio dos anos 70, também a então Checoslováquia lançou a sua versão deste tipo de arma, com o sistema RM-70. Embora o dispositivo de lançamento com 40 tubos seja idêntico ao sistema soviético, a colocação em cima de plataforma TATRA (mais longa) permitiu a inclusão de um sistema automatico de carregamento.
O sistema BM-27 que entrou ao serviço nos anos 70, ainda tinha a mesma aplicação táctica, embora já se tratasse de um sistema muito modificado e melhorado.
Uma outra e mais recente derivação, chama-se BM-30 ou «Smerch», também foi copiado pela China.
Misseis / foguetes de artilharia
- 40 x 9P-132 (Artilharia de médio e longo alcance)
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